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CAMPANHA CONTRA A PUNIÇÃO DOS TRABALHADORES
Para: SINDICATO DOS PETROLEIROS DE MINAS GERAIS - SINDIPETRO-MG
Nós, trabalhadores petroleiros abaixo assinados, vimos através deste requerer do Sindipetro-MG, sindicato que representa a categoria petroleira no estado de Minas Gerais e da FUP, entidade na qual o sindicato está filiado, que representa nacionalmente parte da mesma categoria, campanha contra punições de trabalhadores da Petrobras.
É sabido que após a greve da categoria petroleira ocorrida nos dias 29, 30 e 31 de maio de 2018, contra a privatização da Petrobras e contra a política de preços do então presidente da empresa Pedro Parente, diversos trabalhadores foram punidos injustamente pelas gerências, inclusive com suspensão de dias de trabalho sob acusação de desídia e insubordinação.
Na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, até a presente data, um trabalhador foi punido com suspensão por "supostamente" ter abandonado seu posto de trabalho. O trabalhador havia trabalhado mais de 16 horas ininterruptamente e comunicado formalmente a seus superiores que não continuaria naquela condição de risco. Seu posto de trabalho não ficou "abandonado", pois efetuou a passagem de serviço de turno e há documentação que comprova isso. O Sindipetro-MG entrou com ação processual individual contra tal punição e a audiência em primeira instância aconteceu no último dia 28 de agosto.
Diversos trabalhadores foram punidos com advertência escrita por não comparecerem ao local de trabalho, fora do seu horário normal, após convocação por cartas emitidas pelo Gerente Geral. É importante ressaltar que estes trabalhadores não recebem sobreaviso e que foram convocados para trabalhar em horário no qual deveriam estar de folga e que receberam o comunicado, alguns, via terceiros, faltando poucas horas para iniciar a jornada para a qual foram intimados. Sindipetro-MG entrou com ação coletiva contra essas punições e a primeira audiência será no próximo dia 11 de setembro.
Além das ações jurídicas nós requeremos das entidades sindicais que a bandeira contra as punições não saia da pauta de lutas e reivindicações até que as mesmas sejam revertidas.
Assim, requeremos das entidades sindicais que seja realizada uma campanha denunciando as punições que acontecem no corrente ano, colocando notas em seus informativos continuamente, além de outras ações, como elaboração e distribuição de adesivos, camisas, etc.
Requeremos ainda que a FUP ou alguma entidade sindical filiada a mesma, agende em caráter de urgência uma reunião com a Gerência Executiva da Petrobras, na sede da empresa, a fim de anular todas as punições injustas e também para saber da diretoria da Industrial/RGN (Refino) qual sua participação no clima criado pela gerência local em Minas Gerais.
Requeremos, por fim, informações de outras bases.
Betim, 04 de Setembro de 2018