Somos contra o Construção de Centro de Convívio de Criadores de Galgos de Bagé

Os protetores de animais, simpatizantes e apoiadores dos direitos dos animais vêm, através desta petição pública, solicitar respeitosamente ao Prefeito de Bagé, Sr. Divaldo Vieira Lara, que o pretendido “Centro de Convívio de Criadores de Galgos”, a ser construído no Parque do Gaúcho - referência do Turismo da Região da Campanha - não seja destinado a esse fim.

A cidade de Bagé é referência de proteção animal para toda a região e construir um monumento à exploração animal fere todos os movimentos mundiais de mudança de conceito de que animais possam ser considerados como objeto. Há que se considerar ainda que a destinação do referido local para que as corridas de Galgos ocorram em espaço público e sem regulamentação, além de institucionalizar a exploração dos animais com o aval do poder municipal, o tornará passível de ocorrência de ações criminosas como: maus tratos, comércio de substâncias proibidas (anabolizantes usados nos animais com o objetivo de “melhorar a performance” do animal são comuns nesse tipo de “evento”) e até mesmo crime contra a ordem tributária, haja vista que as corridas de cães sabidamente movimentam apostas em dinheiro sobre as quais haverá omissão de receita.

Sabe-se que tanto do ponto de vista sanitário quanto veterinário, a Prefeitura não terá condições de manter fiscalizações contínuas efetivas no local para evitar a ocorrência dos fatos citados, o que pode implicar inclusive em denúncia da mesma por conivência.

Diante de tais argumentos, solicitamos ao Senhor Prefeito de Bagé que repense a efetivação do tal Centro pois, insistimos, ele fomentará uma prática que leva os animais à exaustão, danos físicos irreversíveis e consequente abandono.

A construção do tal Centro manchará o nome da cidade de Bagé - que nos últimos anos tem se tornando o local com maior abandono de cães da raça Galgo na região - e envergonhará toda a população bageense pois representa um retrocesso no trabalho de protetores de animais, legisladores e todo aquele que preza pelo bem estar e respeito à vida animal.

Sugere-se então que os recursos angariados junto ao governo federal se destinem à criação de locais que de fato agreguem valor à população, como por exemplo um centro de convívio para auxiliar entidades de defesa dos animais, ou ainda um centro de acolhida e terapia para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. Esse tipo de atividade sim demonstraria um alinhamento efetivo de sua gestão junto a valores como respeito à vida, amor ao próximo e inclusão social.

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