MAPA/DSV: Assuma seu papel na sustentabilidade da produção da soja

MANIFESTO EM FAVOR DA SUSTENTABILIDADE DA SOJICULTURA BRASILEIRA

Os signatários, representando pessoas físicas e instituições públicas e privadas
diretamente ligadas à cadeia de produção, comercialização e transformação da soja vêm, por
meio deste, manifestar sua profunda preocupação e oposição às solicitações e discussões, em
diversos âmbitos, com vistas a estender o período de semeadura de soja (calendário de
plantio).

Entenda melhor do problema no site da ABAG: wttp://www.abag.com.br/conteudos/interna/abagieag

No momento, os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia têm janelas
excessivamente longas ou não regulamentadas; e há discussões ativas para liberação de
cultivos extemporâneos no Mato Grosso, com recomendação da Aprosoja/MT para que seus associados não cumpram a legislação fitossanitária vigente do Estado do Mato Grosso.

É consenso entre pesquisadores das diversas instituições de pesquisa e universidades
renomadas e respeitadas em todo o Brasil, que a longa janela de cultivo agrava o problema
com a resistência das pragas aos métodos de controle químico, causando dificuldades técnicas
e grande aumento de custo para o controle de diversas pragas, entre elas a ferrugem-asiática,
nematoide, percevejo-marrom e mosca-branca.

O que acontece com a cadeia da soja tem grande influência nas cadeias de produção
animal e, portanto, o prejuízo pode ser irreversível. Para exemplificar, no estado do Paraná,
dados demonstram que o segmento da soja representou 24% do Valor Bruto da Produção
(VBP) Agrícola, e os segmentos de leite bovino, frango de corte e suínos de corte,
representaram 26%.

Conquanto se entenda as necessidades individuais de alguns agricultores pela
melhoria de renda, é possível notar que a demanda por área cultivada com soja em segunda
safra é muito menor que a demanda por soja de primeira safra. A formulação de políticas
públicas deve priorizar a sustentabilidade em longo prazo de toda a cadeia produtiva e não
permitir medidas que ameacem o agronegócio como um todo.

Nesse sentido, os signatários requerem que o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, no papel de instância superior do Sistema Unificado de Atenção a
Sanidade Agropecuária, ajuste o marco regulatório da Defesa Sanitária Vegetal, com vistas à
implantação de um calendário nacional de plantio da soja. É o governo assumindo seu papel de liderança no controle legislativo das pragas, fundamental para a manutenção da sustentabilidade da cadeia produtiva da principal cultura agrícola do país.

Já assinaram o manifesto pesquisadores e responsáveis das seguintes entidades:

1. Agro Carregal Pesquisa e Proteção de Plantas
2. Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG
3. Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja - ABRASS
4. Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais – BRASPOV
5. Associação Brasileira de Sementes e Mudas – ABRASEM
6. Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF
7. Conselho Estratégico Soja Brasil – CESB
8. Consórcio Anti-Ferrugem - CAF
9. Comitê de Ação a Resistência de Inseticidas – IRAC
10. Comitê De Ação a Resistência de Fungicidas – FRAC
11. Comitê De Ação a Resistência de Herbicidas – HRAC
12. Cooperativa Agroindustrial Consolata- COPACOL
13. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA S0JA
14. Federação da Agricultura do Estado Do Paraná – FAEP
15. Fitolab Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola
16. Fundação Mato Grosso – FMT
17. Instituto Biológico São Paulo - IB
18. Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal – SINDIVEG
19. Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
20. Universidade Federal do Mato Grosso – Campus Sinop - UFMT
21. Universidade Federal de Passo Fundo – UPF
22. Universidade Federal de Uberlândia – UFU
23. Universidade de Rio Verde - UniRV
24. TAGRO Tecnologia Agropecuária Ltda

Faça parte desse movimento também !!!

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